quarta-feira, 15 de junho de 2011

Behind bars

Hoje é sexta-feira. Temperatura amena desloco-me para o meu local de trabalho.
Hoje é dia de reunião, discutem-se casos, vidas, respostas, alternativas. Opina-se, discorda-se, concorda-se.
Antes do almoço uma rápida deslocação ao bairro mas problemático da zona para trocar umas seringas e servir uns cafés.
Almoço.
Hoje é dia de visitas. É a minha vez de ir visitar aqueles que eu conheci livres mas que agora estão na prisão. Caxias, Sintra, Tires, não interessa o local.
Digo o meu nome, deixo o meu B.I. e malas no cacifo. Passo pelo detector de metal (duas vezes). Percorro o recinto até a ala onde sou esperada. Ouvem-se números no altifalante "Número 85 e número 102 venham até ao refeitório". A espera é curta. Abraços, risos, por vezes lágrimas e muita conversa de como estão a correr as coisas lá dentro e lá fora. Tenta-se falar no futuro mas é dificil.
Parece que estamos no café como antigamente e perde-se a noção do tempo. Mas o tempo passa e é hora de partir.
Despedidas e "até à próxima visita".
Eu saio mas eles ficam.
Hoje é sexta-feira.